DISSE JESUS: "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI, A NÃO SER POR MIM (João 14.6).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

TEM GENTE QUE NÃO GOSTA DE TEOLOGIA - Tenho observado que, de uns tempos para cá, atitudes contrárias ao conhecimento teológico têm sido propagadas acentuadamente entre os cristãos; especialmente entre os mais ingênuos. O que causa estranheza é que...

A OPOSIÇÃO AO ENSINO TEOLÓGICO
Tenho observado que, de uns tempos para cá, atitudes contrárias ao conhecimento teológico têm sido propagadas acentuadamente entre os cristãos; especialmente entre os mais ingênuos. O que causa estranheza é que alguns dos que fazem parte das nossas comunidades, não só apresentam deficiência no conhecimento da matéria, como folgam em não possuí-la. Alardeiam que os dons do Espírito são mais do que suficientes para a divulgação da palavra de Deus. 
Não discordo que os dons são imprescindíveis no cumprimento da ordem precípua de Jesus no “Ide”.
Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
Entretanto, ao que se vê, é necessário ponderarmos melhor esse tema. Pois, alguns chegam a afirmar que a falta de escolaridade, ou de conhecimento intelectual, permite tornarem-se autênticos na prática do cristianismo. De forma nenhuma podemos concordar com essa declaração. Ela não condiz com a verdade, e não se coaduna com os parâmetros bíblicos. Negar a instrução é negar o ensino; portanto, é prejudicial  e uma contradição aos que alegam que permanecem nos fundamentos do Mestre.
Nesse mesmo Evangelho de nosso Senhor e Salvador, escrito por Marcos, vemos a seguinte advertência, na elocução do próprio Mestre e Senhor, que é um erro não se conhecer as Escrituras (Mc 12.24). Logo, começamos a acertar quando iniciamos o conhecimento da “Palavra”, e acertamos mais ainda, quando prosseguimos adquirindo essa interação em Deus e com os Seus feitos gloriosos.
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra (Os 6.3).

PERCEBENDO O EQUÍVOCO
Não estudarmos a “Sua Palavra” é o mesmo que proclamarmos uma autossuficiência que não temos. É como se os ramos de uma árvore frutífera pretendessem florir e frutificar sem permanecerem ligados de alguma maneira ao caule. Ora, sabemos que um ramo cortado, seca e morre. E assim se manifestou Jesus a respeito:
Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer (João 15.5).
É também uma enorme presunção, além de flagrante desobediência aos preceitos inseridos naquele livro, todo inspirado por Deus, que chamamos de Bíblia Sagrada.
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;"  (2Tm 3.16).
Quem dispõe de mínima oportunidade de estudar a “Palavra”, e não o faz, está corrompendo os itens básicos nela registrados!
Mesmo aquele que posterga o estudo julgando-se capaz de caminhar por atalhos que levaria ao mesmo fim – corre o risco de perder-se em divagações etéreas, desprovidas de conteúdo e fundamento escritural. Enquanto Jesus nos afirma, categoricamente, que: Ele mesmo é...
o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).
Ele quer que sigamos o caminho, e não que andemos pelos atalhos. Mas, infelizmente, é o que se percebe por aí nas inovações fora de princípios, que estão sendo mescladas à genuína pregação evangélica.  E o resultado não poderia ser outro diferente desse que já vimos nos jornais e na mídia eletrônica.
Infelizmente e na verdade, essa anomalia não é tão recente como alguns pensam. 
Assim se expressou Jeremias, o profeta, que fora chamado ao ofício no ano 627 AEC, no 13.° ano do reinado do Rei Josias, de Judá (627 a 609 AEC):
Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto? (Jr 5.30,31).

MUDANÇA DE ATITUDE
O apóstolo Paulo, o mais erudito entre os apóstolos, também tratou desse assunto quando fez a seguinte exclamação:
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
Conformar-se é estar conforme, amoldado, resignado, de acordo, ajustado. Enquanto renovação do entendimento dá a idéia de aceitação de uma nova posição. Essa, diferente daquela que ostentava antes. Ou seja, não entendia qual era a boa, agradável e perfeita vontade de Deus; mas, agora, após haver recebido um estudo sistematizado, renovou o saber e entendeu perfeitamente o plano de Deus para a sua vida.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17).
Portanto, seria de bom parecer nos dedicarmos à novidade de vida que o apóstolo apresenta.

A EDUCAÇÃO SECULAR E A ESPIRITUAL
Compreendemos que em nosso país, há algumas décadas atrás, era praticamente impossível os jovens das classes mais baixas da sociedade, galgarem avanços nas áreas da intelectualidade secular.  Essa dificuldade aumentava geometricamente, cada ano em que, na sua juventude, o interessado amadurecia. E, dessa maneira, tornava-se inexoravelmente impossível para um adulto de mais idade formar-se. 
A boa notícia a esse respeito nos vem da jornalista Maria Luisa Barros, do Jornal “O Dia” informando que: entre 2002 e 2009, o número de universitários no Brasil passou de 3,6 milhões para 5,8 milhões, um avanço de 57%. E que, atualmente, e pela primeira vez na década, o número de alunos nas universidades, tanto públicas como privadas, é composto por um percentual superior de alunos das classes de baixa renda.
Embora isso se deva, nem tanto pela política educacional, mas porque as classes mais abastadas diminuiram o número de filhos em suas famílias. Mas, pelo sim, pelo não, o que vemos  são os menos favorecidos galgando os degraus do saber em nossa nação.

Décadas atrás, o ensino religioso protestante, não fugia à regra aplicada ao ensino secular. As igrejas, salvo as exceções, não se preocupavam com o ensino sistemático teológico. E caminhavam vagarosamente, apenas com o esforço de alguns desbravadores e valentes na EBD - Escola Bíblica Dominical.
Louvamos a Deus! porque aquela situação está se esvaindo, e, comprovadamente, vemos o alvorecer de um novo tempo na educação no Brasil, tanto na esfera secular como também, na mais importante que é a esfera teológica, por tratar o ser humano em todos os sentidos: físico, moral, social e acima destes, o espiritual. 

Quero aqui neste espaço, aplaudir com entusiasmo os superintendentes, professores e todos os envolvidos com as “Escolas Dominicais”, que não cruzaram os braços. Os mesmos,  proveram e promovem ainda, tanto nas cidades como nos mais longínquos rincões da pátria, o ensino teológico das Escrituras, que abrange, consequentemente, a vida social dos alunos. E os leva ao crescimento educacional, moral  e social, pois faz parte da ética cristã. Que Deus continue abençoando-os!

Atualmente, “vê-se a expansão das “Escolas Teológicas” de níveis: básico, médio e superior” dentre os evangélicos no Brasil. Acredito que, a nova safra de autênticos pregadores da “Palavra de Deus” estará proferindo mensagens embasadas “inteiramente” nos ensinos teológicos provenientes da Bíblia com suas verdades eternas. Oremos para que isso aconteça!

PIONEIROS
Mas, quero também dar Glórias a Deus e Aleluias! Fazendo menção aos pioneiros da Igreja Evangélica: os missionários que aqui aportaram, e aos nacionais que aqui se desenvolveram, os quais, sempre voltados à "Evangelização" em nosso país, trabalharam com afinco e incentivaram o estudo da Bíblia Sagrada. Daí chegamos nesse patamar, com esse inegável crescimento numérico em todo o território nacional, o que nos enche de alegria e satisfação. 
E também, porque alguns que relutavam em aceitar a teologia, agora estão abrindo as portas para o ensino teológico sistematizado.

ADVERTÊNCIA
Porém, sejamos cautelosos para não cairmos nas armadilhas da soberba da "síndrome doutoral". Assim, devemos contrabalançar a teoria e a prática; equilibrando o saber com a espiritualidade e a espiritualidade com o saber. 
Que Deus nos ajude! 

Vai deitar-te e há de ser que, se te chamar, dirás: Fala, Senhor, porque o teu servo ouve (1Samuel 3.9).

Pastor Renato Moura

2 comentários:

  1. O cristianismo é noticias, antes de ser teologia



    Em seu livro provai e vede o pastor John Piper colocar o evangelho e a teologia na ordem correta,no cap 23, Ele desenvolver a idéia que o cristianismo é noticia antes de ser teologia. Eu quero aproveitar e transcrever breves citações do texto, recomendar a todos que leiam, na integra o texto original.
    "há pregadores e não somente ensina-dores;pela mesma razão,há repórteres e não somente comentaristas. a razão é que há noticias, e não apenas comentários.o cristianismo é,primeiramente noticia; depois, teologia.Noticias dizem respeito a fatos e não a meras idéias.O cristianismo se refere a algo que realmente aconteceu, e não somente ás idéias de alguém. Os fatos realmente aconteceram: uma criança nascida de uma virgem,poucos anos de ensino e curas,um julgamento,uma crucificação, uma morte,uma ressurreição e uma ascensão ao céu.
    Em seguida houve uma explosão de noticias sendo divulgadas.
    Não poderíamos esperar que seriamos ouvidos, se tivéssemos apenas nossos próprios pensamentos.Há muitos outros no mundo mais sábios e mais cultos do que nós. Mas,em tempos de perigo, em uma cidade sitiada,o mais humilde dos trabalhadores, se tiver boa noticia, é mais digno de ser ouvido do que o maior orador".
    É realmente maravilhoso ser um portador de boas noticias."Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas". Meu irmão, se você realmente crê no perigo e nas noticias,ainda é emocionante contar ás pessoas os acontecimentos que trazem segurança, esperança e gozo eterno.No amor de Cristo (Pr.Cicero).

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  2. Pr. Cícero.
    Com todo o carinho e respeito, quero indicar-lhe a leitura da minha postagem: "A Teologia Estuda a Boa Notícia".
    Fique na paz do Senhor Jesus!
    Pr. Renato Moura

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